aracaju, seg, 14 de jan de 2019
00h01
em mim, as incertezas do mundo:
não aquelas fadadas ao desânimo, decerto;
nem, talvez, das falsas já desacreditadas.
corrijo: as do meu mundo.
dentro de si o incerto é contagioso, vibrante.
não o reconheço diferentemente de sua natureza pulsante.
não há sentido em venerar uma incerteza inviolável -
o prazer está em redescobri-la, rememorá-la;
gerar novas proposições e desencontros
e entre eles, enfim, deleitar-se numa construção estrelada de momentos e emoções.
um misto de verdades violáveis:
coleção das mais realísticas estórias;
daquelas estritamente sozinhas, ensaiadas.
que são pensadas
e só.
felipe
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da espiritualidade
aracaju, 10 de jan de 19
01h37min
nunca pude senti-la tal como hoje a percebo,
hoje, especialmente hoje: agora.
não há espaços, se não raros, para uma continuidade.
ando por um momento único
e considero que tão pouco pode-se diferenciá-lo de qualquer outro
igualmente único, estático e inviolável. é especial.
talvez se trate de estados, assim como os sentidos de solidão.
ando inapreciavelmente confuso por esse trânsito;
agora. sozinho.
a chamo de espiritualidade por falta de solidez,
tolo: não estou acostumado com a ideia de estados;
existem momentos inconfundíveis.
esse é um deles. e posso chutar que,
na verdade, a dúvida é a chave de tais feitos.
em mim, viajar nas possibilidades me é responsável pela
transposição de momentos ou, de repente, do seu fechar em estados.
ao viajar os sinto vivos em mim. e me impulsionam, me fazem crescer, perder.
fechar em mim mesmo.
sorte, por agora não tenho medo. é confortável.
é raro.
felipe
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